MATOT E MASS'E:  30:2 - 366:13

Resumo:

    Matot inicia-se com uma discussão das leis sobre nedarim (promessas) e shevuot (juramentos). A Torá então descreve a batalha do povo judeu e a vitória sobre Midyan, seguida por uma narrativa detalhada da distribuição dos despojos de guerra.

    Antecipando a próxima chegada à Terra de Israel, as tribos de Reuven e Gad adiantaram-se para requerer que sua herança fosse a leste do Rio Jordão, ao invés de exatamente na Terra Santa, pois a margem leste seria mais apropriada para seus abundantes rebanhos.

    Após alguma discussão, Moshê concorda, mas apenas sob a condição de que eles ajudassem o restante da nação a conquistar toda a Terra de Israel, antes de retornarem para estabelecer-se no seu legado.

    A Parashat Mass'ê inicia-se com um resumo de toda a rota viajada pelo povo judeu durante seus quarenta anos no deserto, começando com seu Êxodo do Egito e concluindo com sua chegada às margens do Rio Jordão.

    Após ordenar ao povo para expulsar todos os habitantes da Terra Santa, a Torá delineiaas fronteiras exatas da terra de Israel. Já que os levitas não receberiam uma porção como os demais, cidades especiais foram separadas para eles. Alguns destes locais serviriam também como cidades de refúgio para alguém que, sem intenção, tenha matado uma pessoa, e então fugiria para uma destas cidades para buscar abrigo e evitar a vingança de um parente próximo da vítima, lá permanecendo até a morte do atual Cohen Gadol.

    Após estabelecer os parâmetros para as várias categorias de assassinato, o livro Bamidbar conclui com informação mais completa a respeito das filhas de Tslofchad e as leis sobre herança.

Mensagem:

    Esta Porção Semanal da Torá nos conta sobre as Cidades de Refúgio para onde uma pessoa que matou alguém sem querer pode fugir e encontrar um abrigo. Nesta cidade a pessoa permanecia até a morte do Cohen Gadol, Sumo Sacerdote, quando então poderia retornar a sua casa. Esse período é chamado de galut, exílio, pois apesar de estar salvo de seus perseguidores, a pessoa vive num ambiente estranho, isolado e exilado de família e amigos.

    É interessante que a Torá relata os detalhes desse exílio numa Porção que é lida exatamente no período no nosso calendário que lembra o exílio de nosso povo.

    De passagem, é bom notar quanta responsabilidade deve ter um líder judaico. O Cohen Gadol deveria rezar tanto para que não acontecesse uma tragédia dessas e se ocorreu, ele era responsabilizado e, portanto, o retorno do assassino dependia de sua morte. Em nenhuma sociedade do mundo encontramos esse grau de responsabilidade nos ombros de um líder. Se as lideranças mundial sentissem um pingo dessa responsabilidade não conseguiriam dormir à noite sem decretar leis mais severas e métodos mais eficientes para implantá-las e assim a nossa vida seria mais segura e tranqüila.

    Quando pensamos nas tragédias antigas que ocorreram nessas três semanas, lembramos de muitas outras tragédias como o Holocausto, etc., que aconteceram com o povo judeu.

    O conceito de galut não serve somente para lembrar nosso exílio e todas as outras calamidades ao longo das milênios. É algo muito mais profundo. Estamos de luto pela destruição do Templo Sagrado e principalmente aquilo que isto representa - o ocultamenta da Presença Divina. Esta é a verdadeira tragédia e a origem de todos os problemas particulares e gerais de nosso povo.

CHAZIT HANOAR

Chazit Hanoar

Porto Alegre

 PORTO ALEGRE